O Governo Federal iniciou nesta quarta-feira (25) a implementação do primeiro Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltado exclusivamente para povos indígenas. A ação pioneira começa pelo estado do Amapá, atendendo cerca de 400 famílias de 65 aldeias localizadas nas Terras Indígenas Uaçá, Galibi e Juminã, no município de Oiapoque.
Coordenado pela Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o programa foi desenvolvido em resposta a um pedido do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO). O foco inicial é combater a praga conhecida como “vassoura de bruxa da mandioca”, causada pelo fungo Rhizoctonia theobromae, que tem afetado gravemente a produção de alimentos e a renda das comunidades.
A praga foi identificada com apoio da Embrapa Amapá e da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), após articulação das lideranças indígenas junto ao Governo Federal.
“A gente ficou apavorado. As mandiocas começaram a morrer nas roças. Era uma fonte de renda e alimentação para nós”, relata o cacique Gilmar Nunes André, que também atua como agente ambiental e integrará a equipe de assistência técnica.
Segundo o cacique Edimilson dos Santos Oliveira, coordenador do CCPIO, o programa traz esperança para as famílias indígenas.
“É uma política muito importante para a segurança alimentar. Vai orientar, ampliar e melhorar o plantio”, afirmou.
O Ater Indígenas do Oiapoque também inclui ações de fomento rural, apoio à produção e presença de técnicos indígenas, com valorização dos saberes tradicionais. O investimento total é de R$ 4,7 milhões, sendo R$ 3,8 milhões do Governo Federal — via emendas parlamentares e programas do MDA e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social — e R$ 900 mil do governo do Amapá.
Fruto de construção participativa, o modelo será referência para futuras ações em outros territórios indígenas. Atualmente, comunidades de outras etnias, como Saterê-Mawé, Tupinambá, Guarani, Kaiowá, Terena e Kaingang, já participam de programas de Ater em estados como Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Com informações do Gov.br
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