Após nove meses consecutivos de alta, o grupo alimentação e bebidas registrou deflação de 0,02% em junho, contribuindo para a desaceleração do IPCA-15, prévia da inflação oficial, que subiu 0,26% no mês (25), segundo dados do IBGE. No acumulado em 12 meses, o índice recuou de 5,40% em maio para 5,27% em junho.
Os alimentos para consumo no domicílio caíram 0,31%, com destaque para os recuos expressivos nos preços do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). Esses produtos vinham sendo apontados como vilões do orçamento familiar desde o início do ano.
O alívio veio em boa hora para o consumidor, especialmente diante da pressão de outros grupos, como habitação (1,08%), puxado pela alta na energia elétrica (3,29%), e vestuário (0,51%).
A alimentação fora do domicílio, no entanto, seguiu em alta, com variação de 0,55% em junho. O item refeição teve aumento de 0,47% e o lanche, 0,69%, mostrando que os serviços ligados ao setor alimentício ainda sofrem pressão de custos.
Apesar do alívio geral nos alimentos, alguns produtos seguiram em alta, como a cebola (8,82%) e o leite longa vida (2,96%), o que indica que o comportamento dos preços ainda é desigual entre as categorias.
A região metropolitana de Porto Alegre foi a que mais se beneficiou com a queda nos preços dos alimentos, registrando recuo de 10,04% no tomate. Já Recife teve a maior alta geral no IPCA-15 de junho (0,66%), impulsionada por energia e combustíveis.
A queda no grupo alimentação representa um respiro importante para as famílias brasileiras, que enfrentaram fortes pressões nos meses anteriores. Se mantida a tendência, o recuo pode ajudar a conter o avanço da inflação nos próximos meses.
Com informações do IBGE
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