A primeira semana de negociações em Bonn, durante a reunião preparatória para a COP30, trouxe algumas atualizações em áreas como adaptação, financiamento e agricultura, avalia a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que acompanha as discussões.
Segundo a assessora técnica Amanda Roza, em relação à meta de 1,3 US$ trilhão para financiamento climático, que auxiliaria os países em desenvolvimento a enfrentarem as mudanças climáticas, ainda existem muitas divergências sobre as expectativas dos países a respeito do financiamento e qual será o caminho para chegar a essa meta.
Sobre adaptação, houve um consenso sobre reduzir a lista de indicadores para a meta global de adaptação.
“Antes era 490 e as partes acordaram em reduzir para 100. Porém, ainda existe alguma divergência sobre como vai ser o reporte relacionado aos meios de implementação que falam sobre orçamentos nacionais para ações de adaptação”, afirma Amanda.
De acordo com a assessora da CNA, muitos países consideram os dados relacionados à adaptação sensíveis, o que gera restrição em relação a divulgação dessas informações.
O tema agricultura também não avançou muito, explica Amanda Roza. Segundo ela, as partes avaliaram o relatório síntese (documento que traz as ações que foram desenvolvidas pelas partes e entidades financeiras sobre agricultura) e iniciaram a elaboração do texto que será divulgado pelo grupo de agricultura na reunião de Bonn, porém, ainda sem consenso.
Ela explicou que as partes irão trabalhar essa semana sobre o texto final e negociar um entendimento sobre o portal de Sharm el-Sheikh para incentivar o uso dessa plataforma e para definir seu papel real nos próximos anos de negociação, assim como o da agricultura.
O portal de Sharm el-Sheikh serve para os países e observadores mandarem ações e projetos relacionados à agricultura.
“A ideia é conectar iniciativas a financiamentos e conseguir reunir o que está sendo feito pelos países”, ressalta Amanda.
Ainda na primeira semana, a CNA, como membro da Organização Mundial dos Agricultores, participou de uma reunião com os órgãos subsidiários de implementação e de suporte científico e tecnológico. Durante a reunião, foi questionado qual será o papel da agricultura nas negociações após o fim do Trabalho Conjunto de Sharm el-Sheikh.
Os representantes dos órgãos subsidiários sugeriram o engajamento do setor com os negociadores e a proposição de ações dentro da Agenda de Ação da COP30, lançada pela Presidência da COP30 na sexta (20).
Esta semana, a CNA continua acompanhando as negociações em Bonn. No botão abaixo, é possível acessar os relatórios diários sobre a Conferência.
Com informações da CNA
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