O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, entre os dias 16 e 18 de junho, da Conferência Global sobre Biotecnologias Agroalimentares, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, Itália. O evento, que integra as comemorações dos 80 anos da FAO, reuniu representantes de governos, organismos internacionais, cientistas e especialistas para debater o papel das biotecnologias na transformação dos sistemas agroalimentares rumo à sustentabilidade.
Durante a abertura da conferência, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, apresentou os avanços do Brasil no uso de biotecnologias agrícolas, com destaque para os benefícios econômicos, ambientais e sociais alcançados nas últimas décadas.
“Essa é uma escolha estratégica não só para o Brasil, mas para o mundo, diante dos desafios climáticos e da crescente demanda por alimentos”, afirmou Goulart.
Segundo ele, a adoção de biotecnologias permitiu ao Brasil ampliar a produção de alimentos com menor uso de terra, contribuindo para a preservação ambiental e da biodiversidade. Um dos pilares dessa trajetória foi a construção de um marco regulatório robusto, iniciado com a Lei de Biossegurança de 1995, que instituiu a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Desde então, cerca de 130 eventos de plantas geneticamente modificadas foram aprovados para cultivo comercial no país.
Outro avanço importante foi a regulamentação das Novas Técnicas de Melhoramento (NBTs), como a edição genômica, em 2018. Até o momento, o Brasil já recebeu 63 pedidos de liberação comercial de produtos obtidos com essas tecnologias, apresentados por 26 empresas — a maioria voltada a microrganismos e seus derivados.
Os reflexos no campo são visíveis: na safra 2024/25, o país colheu 330,3 milhões de toneladas de grãos, sendo cerca de 120 milhões atribuídas diretamente ao uso de culturas geneticamente modificadas.
Temas em debate e liderança brasileira
A programação da conferência incluiu discussões sobre edição genômica, biologia sintética, inteligência artificial, bioinformática e o papel das políticas públicas e legislações na aplicação segura e acessível das biotecnologias. O foco está na segurança alimentar, no empoderamento de pequenos produtores e na adaptação às mudanças climáticas.
Além de Goulart, integraram a delegação brasileira a diretora de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Edilene Cambraia, e o chefe do Serviço de Monitoramento em Biossegurança de Organismos Geneticamente Modificados, Eder Toppa. A participação reforça o protagonismo brasileiro no cenário global de biotecnologia agrícola e o compromisso com soluções sustentáveis e baseadas em ciência.
Com informações do Mapa
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