O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 6,49% no primeiro trimestre de 2025, segundo levantamento do Cepea/Esalq-USP em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O avanço consolida a retomada observada no fim de 2024 e projeta um ano promissor para o setor, que poderá alcançar R$ 3,79 trilhões em valor adicionado — o equivalente a 29,4% do PIB nacional.
Os dois grandes ramos do agro registraram crescimento: a agricultura avançou 5,59% e a pecuária, 8,50%. Todos os segmentos da cadeia produtiva também apresentaram alta: insumos (4,45%), produção primária (10%), agroindústria (3,18%) e agrosserviços (6,27%).
Destaque para o setor primário e valorização de preços
O segmento primário foi o principal motor do crescimento, com destaque para o ramo agrícola, que subiu 10,78%, impulsionado pela valorização de commodities como café (+135% nos preços), milho, soja e trigo. Já o setor primário pecuário cresceu 8,58%, sustentado pelo aumento nos valores da produção de bovinos, leite, suínos e ovos.
A bovinocultura de corte, por exemplo, teve crescimento de 26% no valor bruto da produção, com elevação de 24,5% nos preços. A suinocultura também se destacou, com avanço de 26,4% no valor bruto, refletindo alta de mais de 23% nos preços e aumento da produção.
Agroindústria e serviços mantêm ritmo de alta
O segmento agroindustrial teve alta puxada principalmente pelas indústrias de base pecuária, que cresceram 8,29%. Já as de base agrícola avançaram 1,62%, com destaque para as indústrias de café e biocombustíveis. No setor sucroenergético, mesmo com produção menor de cana, o etanol de milho compensou parte das perdas.
Nos agrosserviços, o crescimento foi de 6,27%, reflexo da maior demanda por transporte, armazenagem e serviços financeiros, impulsionada pela expectativa de safra recorde e aumento das exportações.
Impactos nos insumos e custo de produção
O segmento de insumos cresceu 4,45%, mas com desempenho desigual entre os ramos. Enquanto os insumos agrícolas avançaram 7,24%, puxados por fertilizantes e defensivos, os insumos pecuários recuaram 3,05%, impactados pela queda nos preços de rações.
Perspectivas para 2025
Com os resultados do primeiro trimestre, o PIB do agronegócio é estimado em R$ 3,79 trilhões em 2025, sendo R$ 2,57 trilhões no ramo agrícola e R$ 1,22 trilhão no ramo pecuário. O desempenho expressivo também reforça a importância do setor para a economia brasileira, cuja participação no PIB poderá subir de 23,5% em 2024 para 29,4% neste ano.
A continuidade desse crescimento dependerá da manutenção dos preços em níveis atrativos, das condições climáticas e da dinâmica do mercado internacional, especialmente das exportações.
Com informações do CNA
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