As chuvas recorrentes e as temperaturas mais baixas registradas nos últimos dias nas principais regiões produtoras de café arábica do Brasil reduziram o ritmo da colheita da safra 2025/26, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Embora o clima esteja atrasando as atividades no campo, a qualidade dos grãos colhidos até o momento não foi comprometida, de acordo com os agentes consultados pelo Centro.
O contraste com a temporada passada é evidente. Em 2024, o calor antecipava a maturação dos frutos, acelerando a colheita. Neste ano, porém, o frio tem retardado esse processo natural, dificultando o avanço dos trabalhos.
Nos primeiros dias de junho, o Cepea estima os seguintes percentuais de colheita por região:
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Sul de Minas Gerais: cerca de 20% da produção esperada já colhida;
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Noroeste do Paraná: entre 25% e 30% da safra colhida;
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Alta Mogiana Paulista e Cerrado Mineiro: entre 7% e 10%.
Além da maturação mais lenta, as precipitações frequentes também impedem o pleno andamento da colheita, tanto pelo risco à qualidade quanto pelas limitações operacionais em lavouras encharcadas.
Apesar da lentidão, não há registro de perdas causadas pelo clima até o momento, e a expectativa é que, com a chegada de dias mais secos e estáveis, os trabalhos avancem em ritmo mais acelerado nas próximas semanas.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e o desempenho da safra 2025/26 será determinante para o abastecimento global e a formação dos preços nos próximos meses.
Com informações do Cepea
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