Produzido com apoio da Embrapa, da aceleradora de negócios de Cannabis The Green Hub e de uma dezena de especialistas, o documento projeta cenários possíveis para o desenvolvimento local desse mercado e apresenta 50 recomendações sobre como regulamentar a matéria para maximizar os benefícios sociais, ambientais e econômicos do cultivo da planta no país.
Entre as principais recomendações do estudo estão a regulamentação do cultivo para produção de fibras e sementes e a formação de imediata de um grupo de trabalho ou comitê interministerial permanente para conduzir a regulamentação e promover o desenvolvimento do cânhamo. O documento também indica uma série de medidas de investimento, financiamento, apoio tecnológico, de regulação e de impacto social para esta cadeia produtiva.
“Este estudo chega em um momento crucial, um mês depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar à Anvisa a regulamentação do cânhamo para uso medicinal. E num período em que o Legislativo brasileiro também se debruça sobre o tema”, diz Bruno Pegoraro, presidente do Instituto Ficus.
O relatório possui duas partes: na primeira, faz uma introdução geral sobre o cânhamo industrial, seu mercado e suas aplicações; na segunda, faz uma análise dos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da commodity no país e quatro projeções de como seria o mercado brasileiro em 2045, em função variáveis como o apoio do governo ao desenvolvimento da cadeia produtiva e a expansão da demanda interna. Afinal, faz uma lista de recomendações para se atingir um resultado mais sustentável, seguindo práticas ESG.
“O cânhamo pode ser uma nova fonte de divisas para o país, gerar empregos e trazer muitos benefícios para o agronegócio brasileiro. Mas pra isso acontecer é preciso fazer uma regulamentação eficiente e moderna. O objetivo do estudo é apontar caminhos para essa construção e colaborar com nossas autoridades para para a tomada de decisões informadas, que possam tornar o país um player relevante no mercado global dessa commodity emergente”, afirma Pegoraro.
Cânhamo é o nome dado às variedades de plantas de Cannabis sem efeito entorpecente. Essas plantas são tradicionalmente cultivadas para a produção de grãos
e fibras, com diversas aplicações industriais – além de produzirem canabidiol, produto de interesse farmacêutico. Atualmente, o mercado global da commodity vale US$ 5,7 bilhões, segundo a consultoria Precedence Research, e o Brasil não autoriza sua produção para nenhuma finalidade.
Fonte: Instituto Ficus
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