Uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto MDA Pesquisa revela que o vinho brasileiro tem ganhado espaço entre novos públicos, especialmente jovens, mulheres e consumidores com maior escolaridade e renda. O levantamento, promovido pelo Consevitis-RS em parceria com o Sebrae Nacional, traça um retrato atual e promissor do consumo da bebida no país.
Entre os 1.709 entrevistados, todos consumidores de bebidas alcoólicas, 70% declararam ter consumido vinho nacional nos últimos seis meses, e 66% afirmaram ter comprado o produto no mesmo período. Os dados foram coletados entre os dias 28 de janeiro e 6 de fevereiro de 2025, com abrangência nacional.
“O vinho brasileiro está cada vez mais presente na mesa das famílias e nos momentos de celebração e bem-estar dos brasileiros. Esses números mostram que temos um produto competitivo, de qualidade e com identidade própria”, destaca Luciano Rebellatto, presidente do Consevitis-RS.
A pesquisa também mostrou que 68,5% dos entrevistados compraram vinho nos últimos três meses, sendo que mais da metade (52%) consome a bebida diariamente ou semanalmente. Cerca de 57% compram ao menos uma vez por mês, com maior concentração de gastos na faixa de R$ 30 a R$ 70 por garrafa, o que reforça a competitividade do vinho nacional nos segmentos de preço acessível.
A quantidade média por compra é de até duas garrafas para 61% dos consumidores.
O vinho tinto lidera com folga entre as preferências (80%), seguido por branco (9%) e rosé (7%). Entre os tintos, o tipo suave (63%) é mais consumido por mulheres jovens, enquanto o seco (49%) tem maior adesão entre homens com maior renda e escolaridade.
Os momentos mais associados ao consumo são: relaxamento (45%), refeições em casa (41%), datas comemorativas (38%) e encontros sociais (30%).
Em relação aos canais de compra, os supermercados lideram com 89%, seguidos por empórios (40%) e lojas online (27%). Os principais critérios de escolha são preço (29%), tipo de uva, facilidade de acesso (28%), variedade de opções (27%), além da origem do produto (26%) e recomendações de amigos e familiares (40%).
Apesar do crescimento, o preço ainda é percebido como obstáculo por 52% dos entrevistados, o que, segundo Rebellatto, se deve principalmente à alta carga tributária sobre o vinho no Brasil.
“Essa é uma das pautas prioritárias do setor. Precisamos de um ambiente mais justo para o desenvolvimento da vitivinicultura nacional”, afirma.
O estudo mostra que o vinho nacional tem ganhado a preferência entre os brasileiros, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, e destaca o avanço da identificação do consumidor com o produto nacional. “O vinho brasileiro carrega o sabor, a história e a diversidade do nosso país. Essa pesquisa mostra que há espaço para crescer, com mais promoção, informação e valorização do que produzimos aqui”, conclui Rebellatto.
Com informações da assessoria de imprensa
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