O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reafirmou nesta quarta-feira (4), durante coletiva, o controle sobre o único foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado em granja comercial no Brasil, localizado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Segundo o ministro Carlos Fávaro, o sistema de vigilância sanitária brasileiro tem se mostrado “robusto e eficaz”, com medidas rápidas para conter a disseminação da doença.
Desde a conclusão da desinfecção na granja, em 22 de maio, o local encontra-se em vazio sanitário, com previsão de conclusão no próximo dia 18, completando os 28 dias recomendados por organismos internacionais. Até o momento, não foram registrados novos casos em outras granjas comerciais. Um foco investigado em Anta Gorda teve resultado negativo, mas uma nova suspeita em Teutônia (RS) está sob apuração técnica.
Mesmo com o foco isolado, 21 países suspenderam temporariamente as exportações brasileiras de carne de frango e produtos avícolas, entre eles China, México, União Europeia, Coreia do Sul e Chile. Há também restrições regionais, com 13 países limitando a suspensão ao Rio Grande do Sul e outros quatro apenas ao município de Montenegro.
O governo brasileiro negocia com esses mercados a adoção do princípio da regionalização, buscando flexibilizar as restrições com base nas áreas efetivamente afetadas.
“A expectativa é que países como China, México e o bloco da União Europeia reavaliem suas medidas, reconhecendo o esforço sanitário adotado pelo Brasil”, afirmou Fávaro.
Além do desafio sanitário, o Mapa também enfrenta restrições orçamentárias. Após o contingenciamento de recursos anunciado pelo Ministério da Fazenda, a Agricultura teve mais de R$ 622 milhões bloqueados. Para manter o enfrentamento da gripe aviária e outras emergências sanitárias, Fávaro anunciou que encaminhará à Casa Civil um pedido de liberação de R$ 135 milhões.
O ministro reforçou o compromisso com a sanidade do plantel avícola nacional e a transparência nas ações. Técnicos do Mapa seguem atuando em campo, em articulação com serviços veterinários locais e com apoio de organismos internacionais como a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
“Nosso compromisso é com a confiança internacional nos nossos produtos e com a segurança alimentar dentro do país”, pontuou.
Por Gustavo Schuabb – Repórter Agro+
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