O uso de bioinsumos na agricultura brasileira cresceu 13% na safra 2024/2025, reforçando a posição do país como líder global na adoção de tecnologias biológicas no campo. Os dados são de levantamento feito pela CropLife Brasil (CLB), em parceria com a consultoria Blink, divulgado durante o lançamento do projeto Bioinsumos do Brasil, realizado em Brasília no fim de maio.
Segundo a entidade, o crescimento médio anual do setor nos últimos três anos é de 22%, índice quatro vezes superior à média global. Para a diretora de Bioinsumos da CLB, Amália Borsari, o avanço é resultado direto de inovação tecnológica e da demanda por práticas sustentáveis. “A indústria nacional avançou muito em pesquisa e desenvolvimento, o que proporcionou ao produtor mais opções eficazes no controle de pragas e doenças”, destacou.
Produtividade aliada à sustentabilidade
De acordo com o presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, a combinação entre defensivos tradicionais e produtos biológicos tem impulsionado a produtividade no campo, com ganhos também em sustentabilidade. “Esse modelo híbrido cria oportunidades para o Brasil exportar não só alimentos, mas também tecnologia”, afirmou.
A área tratada com bioinsumos atingiu 156 milhões de hectares nesta safra, com crescimento acima de 35% em relação ao ciclo anterior, o que representa 13% da área total protegida com insumos agrícolas no país.
Soja lidera uso, Mato Grosso é destaque
A soja concentrou 62% da aplicação de bioinsumos, seguida por milho (23%) e cana-de-açúcar (10%). No recorte regional, o Mato Grosso lidera com 34% do volume aplicado, seguido por Goiás e Distrito Federal (12%), São Paulo (10%) e Paraná e Mato Grosso do Sul (8%).
Entre os produtos, os bioinseticidas puxaram a expansão, com adoção passando de 26% para 30%. Também houve crescimento no uso de biofungicidas, bionematicidas, bioinoculantes e solubilizadores de nutrientes.
Mercado em expansão global
O Brasil também tem papel estratégico no cenário internacional. Estimado em US$ 14 bilhões em 2024, o mercado global de bioinsumos deve ultrapassar US$ 20 bilhões até 2027, segundo a consultoria DurhamTrimmer. A América Latina, impulsionada pelo desempenho brasileiro, deve se tornar o maior mercado regional de produtos de controle biológico até o fim da década.
A CLB destaca quatro fatores como alicerces para o crescimento contínuo: profissionalização do setor, integração com defensivos químicos, aumento da adoção entre agricultores e novas formulações tecnológicas. O cenário, no entanto, ainda enfrenta desafios como a volatilidade cambial e eventos climáticos extremos. Em contrapartida, há oportunidades como a expansão das exportações e o custo-benefício favorável dos bioinsumos frente a outras tecnologias.
Atualmente, a CropLife Brasil representa mais de 80% do mercado nacional de produtos de controle biológico, com 23 empresas associadas à Câmara de Bioinsumos.
Com informações da assessoria de imprensa
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