O cultivo do algodão está ganhando força novamente no norte de Minas Gerais. Em Catuti, pequenos produtores têm apostado em sementes de alta performance e tecnologias como drones para elevar a produtividade e recuperar a relevância da região na cotonicultura mineira.
Na última safra, a produtividade chegou a 400 arrobas por hectare, superando com folga a média regional de 250 arrobas. A transformação é resultado de uma ação da Coopercat (Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti), em parceria com a Bayer.
Na fazenda Lagoa Escura, o algodão já está em fase avançada de desenvolvimento e parte dos capulhos abertos revela fibras promissoras para a colheita prevista para julho. A retomada da cultura vem após um período difícil, marcado por perdas causadas por pragas e doenças.
Com mais de 20 anos de parceria com a Coopercat, a Bayer doou 150 sacos de sementes certificadas da variedade Deltapine, com a biotecnologia Bollgard® 3 RRFlex®, beneficiando 40 agricultores familiares. O plantio, realizado entre dezembro e janeiro, ocupa 250 hectares. Além disso, a empresa entregou um drone para aplicações de inseticidas e treinou os produtores no uso da tecnologia.
“Com o drone, conseguimos controlar o bicudo do algodoeiro, mantendo a quantidade de aplicações, mas reduzindo em 96% o volume de calda de pulverização”, destaca Francila Calica, diretora de Assuntos Agrícolas e Sustentabilidade da Bayer para a América Latina.
A iniciativa se alinha a um momento estratégico para o setor. Em 2024, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão em pluma. Segundo a Conab, a produção nacional deve atingir 3,9 milhões de toneladas na safra 2024/25 — um recorde histórico. Minas Gerais ocupa a terceira posição no ranking, com previsão de 76,8 mil toneladas, aumento de 18% em relação ao ciclo anterior.
“A tecnologia está permitindo uma agricultura mais eficiente e sustentável, principalmente para o pequeno produtor”, afirma Geraldo Berger, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da divisão agrícola da Bayer na América Latina.
Com apoio técnico, sementes de qualidade e inovação no campo, o norte mineiro dá sinais concretos de que pode voltar a ser uma referência na produção de algodão.
Com informações da assessoria de imprensa
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