A produção industrial brasileira apresentou variação positiva de 0,1% em abril de 2025 frente ao mês anterior, mantendo-se no campo positivo pelo quarto mês consecutivo, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada nesta terça-feira (3) pelo IBGE. Com isso, o setor acumula alta de 1,5% desde dezembro e de 1,4% no ano. Em 12 meses, a taxa é de 2,4%, embora em desaceleração frente aos meses anteriores.
Na comparação com abril de 2024, o setor registrou queda de 0,3%, interrompendo uma sequência de dez meses consecutivos de crescimento. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado foi influenciado tanto pelo efeito-calendário — abril teve dois dias úteis a menos este ano — quanto por uma base de comparação elevada, já que no mesmo mês do ano passado a atividade industrial avançou 8,4%.
Apesar da estabilidade geral em abril, o levantamento mostra que houve crescimento em três das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 25 ramos industriais pesquisados. A produção industrial está atualmente 3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Entre as grandes categorias econômicas, os destaques positivos em abril foram os bens de capital (1,4%), bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%). Já os bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,9%.
Na análise por atividades, o setor extrativo teve avanço de 1%, influenciado pela maior extração de petróleo e minério de ferro. A produção de bebidas também cresceu (3,6%), puxada por maiores volumes de cerveja, chopp e refrigerantes. Outros setores que contribuíram positivamente foram veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e impressão e reprodução de gravações (11,0%).
Em sentido oposto, 11 atividades industriais registraram queda, com destaque para coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%), devido à redução na produção de álcool e combustíveis, e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%), após avanço expressivo no mês anterior.
Também tiveram retração os segmentos de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), máquinas e equipamentos (-1,4%), móveis (-3,7%) e máquinas e materiais elétricos (-1,9%).
Na comparação com abril de 2024, o recuo de 0,3% na produção industrial foi puxado por quedas em 16 das 25 atividades analisadas. Entre elas, produtos alimentícios (-4,9%), petróleo e biocombustíveis (-2,9%), veículos (-3,7%) e fármacos (-9,0%) tiveram os maiores impactos negativos.
Houve também recuos significativos em setores como materiais elétricos (-6,7%), papel e celulose (-3,8%), impressão (-17,5%) e calçados (-5,3%).
Por outro lado, nove atividades tiveram expansão, com destaque para as indústrias extrativas (10,2%), metalurgia (4,4%), manutenção e reparação de máquinas (10,4%), têxteis (6,6%) e bebidas (2,5%).
A PIM Brasil, que acompanha o desempenho das indústrias extrativas e de transformação desde os anos 1970, passou por reformulação em 2023 para atualização da amostra e metodologia. A próxima divulgação da pesquisa, com os dados de maio, está prevista para 2 de julho.
Com informações do IBGE
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