Com um investimento inicial de R$ 42,8 milhões, o governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo, uma iniciativa voltada à recuperação de solos degradados e ao fortalecimento da agricultura familiar no estado de Mato Grosso. O projeto une ciência, tecnologia e políticas públicas para ampliar a produtividade agrícola com sustentabilidade, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias assentadas em áreas de 10 a 15 hectares.
O lançamento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que destacou o impacto direto do programa na economia rural.
“Nosso objetivo é recuperar áreas degradadas, fortalecer a agricultura e aumentar a competitividade dos nossos produtos. Esse trabalho terá um impacto na vida de muitas pessoas”, afirmou o ministro.
Tecnologia a serviço do solo
O Solo Vivo é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), responsável pelos diagnósticos técnicos e análises laboratoriais. O programa começa com o mapeamento e a análise da fertilidade do solo nas propriedades, a partir do qual é feito o planejamento de correção, com aplicação de insumos como calcário e fosfato.
Toda a operação é monitorada em tempo real por meio da plataforma digital Operation Center, que rastreia as atividades das máquinas no campo e garante transparência no uso dos recursos públicos.
“O Solo Vivo nasce da necessidade de oferecer aos agricultores familiares condições para melhorar a produtividade e a qualidade dos alimentos. Nossos solos estão cansados. O projeto vem para corrigir isso”, ressaltou o presidente da Fetagri-MT, Divino Martins.
Educação e protagonismo estudantil
O IFMT desempenha papel central na execução do programa. Dez campi da instituição participam do projeto, com envolvimento de 43 estudantes bolsistas – 22 do Ensino Médio Técnico –, professores e técnicos. O coordenador do projeto, Marcos Valim, destaca o papel da extensão tecnológica como vetor de transformação.
“A base do Solo Vivo é a ciência. Estamos formando jovens qualificados e comprometidos com o desenvolvimento sustentável do campo”.
Além das atividades práticas e laboratoriais, o IFMT também lançou um curso online gratuito, “Metodologia Solo Vivo: Da Coleta de Amostras à Análise de Solo”, democratizando o acesso ao conhecimento técnico e garantindo padronização nas ações de campo.
Ações em 10 municípios
O projeto-piloto está sendo implementado em dez municípios mato-grossenses, com ações já iniciadas em Campo Verde, Poconé, São José dos Quatro Marcos, São Félix do Araguaia e Juína. Os demais – Alto Araguaia, Rosário Oeste, Barra do Bugres, Matupá e Pontes e Lacerda – serão contemplados nas próximas etapas.
Solo produtivo, campo fortalecido
Ao unir pesquisa, formação profissional e aplicação tecnológica, o Solo Vivo promove desenvolvimento sustentável e inclusão produtiva, gerando renda, valorizando o trabalho no campo e contribuindo para a segurança alimentar no Brasil. A iniciativa é considerada modelo de política pública voltada à transformação das realidades rurais e deverá ser expandida para outras regiões do país após a fase de testes em Mato Grosso.
Com informações do Mapa
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