O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco da praga quarentenária Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (Ceratobasidium theobromae) no Pará. Embora a confirmação oficial tenha ocorrido no dia 15 de maio, o anúncio só foi tornado público na noite da segunda-feira (20). A ocorrência foi registrada em uma área remota da Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no município de Almeirim, ao norte do estado, nas proximidades da fronteira com o Suriname.
A detecção partiu de uma inspeção feita por técnicos da Superintendência do Mapa no Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Diagro), após denúncia recebida em abril. Duas amostras foram coletadas na Aldeia Bona e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Goiás, que confirmou a presença do fungo causador da praga.
Apesar da gravidade do caso, o foco está distante das principais regiões produtoras de mandioca do Pará. Ainda assim, a confirmação acendeu o alerta das autoridades agropecuárias. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, colocou em prática ações de monitoramento e prevenção, com reforço das barreiras sanitárias e intensificação dos levantamentos fitossanitários.
Prejuízo ao campo, não à saúde
A Vassoura-de-Bruxa da Mandioca não apresenta risco à saúde humana, mas pode comprometer significativamente a produção da cultura, fundamental para a subsistência de milhares de famílias e para o setor industrial que utiliza a raiz como matéria-prima. Os sintomas incluem deformação de ramos, crescimento anormal, murcha das folhas e morte das plantas.
A transmissão ocorre principalmente pelo uso de mudas contaminadas, mas também pode se dar por ferramentas agrícolas, solo e água. Por isso, o trânsito de material vegetal tem sido rigidamente controlado nas áreas próximas ao foco, mesmo sem registros em plantios comerciais até o momento.
Resposta articulada
O caso soma-se à detecção anterior da mesma praga em terras indígenas do Amapá, em 2024. Desde então, o Mapa e os órgãos estaduais reforçam medidas de biossegurança e ações educativas junto a comunidades rurais e tradicionais.
O governo federal avalia a situação como controlada, mas segue com atenção redobrada para impedir que a praga se espalhe por regiões produtivas. Técnicos do Mapa reiteram que o trabalho conjunto entre União e estados é essencial para proteger o setor produtivo e manter a sanidade vegetal no país.
Com informações do Mapa
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