O XIV Fórum Mundial das Cooperativas Vitivinícolas encerrou sua edição de 2025, realizada em Garibaldi (RS), com um conjunto de estratégias voltadas ao fortalecimento e à sustentabilidade do setor. Em um momento simbólico, durante o Ano Internacional das Cooperativas, representantes do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Espanha e Itália se reuniram para alinhar iniciativas e ampliar a representatividade global das organizações cooperativas na cadeia vitivinícola.
Cinco pilares estruturantes nortearão os próximos passos do Fórum: observatório cooperativo, comunicação estratégica, comercialização conjunta, sustentabilidade e intercâmbio profissional. Segundo os organizadores, cada eixo contará com um executivo responsável pela articulação de projetos, captação de recursos e formação de redes de cooperação.
“O trabalho que realizamos aqui foi uma grande demonstração de solidariedade e responsabilidade. As cooperativas vitivinícolas têm um papel relevante na produção, mas também na coesão social e no desenvolvimento econômico”, afirmou Ignácio Martín Obregón, presidente do Fórum.
O observatório proposto será uma plataforma para reunir dados produtivos, perfis institucionais e informações técnicas sobre as cooperativas. A comercialização conjunta, considerada um desafio pela diversidade de legislações, avançou com a proposta de um modelo baseado na cooperação voluntária e bilateral entre as entidades.
“É um acordo entre partes. Quando houver demanda por um produto ou serviço, as cooperativas interessadas podem estabelecer parcerias diretamente”, explicou Helio Marchioro, diretor-executivo da Fecovinho.
Sustentabilidade e economia circular
A sustentabilidade foi um dos destaques do evento, com a apresentação do case da cooperativa italiana Caviro, que recupera 99% dos resíduos gerados em sua cadeia produtiva. A prática de economia circular, além de mitigar impactos ambientais, fortalece a imagem do setor vitivinícola como aliado no combate às mudanças climáticas e na promoção do uso racional de recursos.
“Temos responsabilidades diárias como representantes de milhares de viticultores. O Fórum é mais um instrumento para levarmos esses compromissos adiante”, reforçou Carlo Belmonte, presidente da Caviro.
Comunicação integrada e formação de jovens
As cooperativas assumiram o compromisso de fortalecer a comunicação institucional por meio da criação de núcleos estratégicos em cada entidade, conectados com o Fórum. A proposta é alinhar discursos, dar visibilidade aos valores do cooperativismo e promover ações conjuntas de posicionamento global.
A formação de jovens também esteve no centro dos debates. Participantes de diversos países apresentaram projetos desenvolvidos no último ano e defenderam mais intercâmbios técnicos e acadêmicos, especialmente para enólogos, técnicos agrícolas e estudantes da área.
Fortalecimento internacional do vinho cooperativo
Anfitrião do encontro, o presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló, destacou que o evento impulsiona o protagonismo do Brasil na cena internacional do vinho.
“Estar inserido no cenário global exige articulação, inovação e troca de experiências. As cooperativas desempenham papel fundamental não só na economia, mas também na transformação social das regiões onde atuam”, afirmou.
Com resultados concretos e articulações avançadas, o Fórum confirma a relevância econômica e social do modelo cooperativista para o futuro da vitivinicultura. A próxima edição do encontro já está em fase de organização, mantendo o compromisso com o crescimento sustentável, a equidade e a integração global do setor.
Com informações da assessoria de imprensa
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