Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decretou nesta quinta-feira (15) estado de emergência zoossanitária por 60 dias no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves comerciais no Brasil. A medida, publicada por meio da Portaria nº 795, abrange um raio de 10 quilômetros ao redor do foco identificado, em uma granja de matrizes.
A decisão tem como objetivo reforçar as ações de contenção, vigilância e resposta rápida para evitar a disseminação do vírus e proteger a cadeia produtiva avícola nacional. O documento prevê ainda que a área sob emergência poderá ser ampliada conforme o avanço das investigações epidemiológicas.
A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, com impactos econômicos e comerciais significativos. No entanto, o consumo de carne de frango e ovos segue seguro, conforme reforça o Mapa.
Desde a detecção do foco, o governo federal colocou em prática o Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária, que inclui medidas como:
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Abate sanitário das aves infectadas
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Isolamento da propriedade
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Rastreamento de áreas com possível contato
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Intensificação da vigilância nas granjas da região
A Secretaria de Defesa Agropecuária também coordena as ações com os serviços estaduais de inspeção e conta com apoio de órgãos internacionais como a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal).
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e detém um dos maiores plantéis comerciais do mundo. A confirmação do caso em aves comerciais ocorre após mais de 150 casos registrados em aves silvestres e de subsistência desde 2023, sem impacto direto nas exportações.
A ocorrência do foco em granja de alta vigilância exige atenção redobrada do setor, mas não altera o status sanitário do país em relação à influenza aviária em nível internacional, se as ações de contenção forem eficazes e localizadas.
Importância econômica e vigilância permanente
A avicultura representa mais de US$ 10 bilhões em exportações anuais, e o episódio exige esforço conjunto de produtores, médicos veterinários e poder público. A manutenção da biosseguridade nas granjas, com controle rigoroso de acesso e notificações imediatas, é fundamental para evitar novos focos.
A portaria assinada pelo ministro Carlos Fávaro reafirma o compromisso do Mapa com a transparência, agilidade e responsabilidade no trato de temas sanitários, fundamentais para preservar o agronegócio brasileiro e sua reputação internacional.
Com informações do Mapa
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