A quarta visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, iniciada nesta segunda-feira (12), reforça o papel do país asiático como parceiro prioritário do agronegócio brasileiro e sinaliza novas oportunidades para a ampliação e diversificação das exportações agroindustriais.
Durante o primeiro dia da agenda em Pequim, Lula participou de encontros com grandes grupos chineses dos setores de energia e tecnologia, além de firmar acordos estratégicos que fortalecem as bases da transição energética e agregam valor às cadeias produtivas brasileiras, especialmente àquelas ligadas à produção agrícola sustentável.
Um dos principais anúncios foi o investimento de US$ 1 bilhão da Envision Group para a produção de SAF (combustível sustentável de aviação) no Brasil, a partir da cana-de-açúcar. A iniciativa posiciona o país como referência global na produção de biocombustíveis de nova geração, criando uma rota promissora de agregação de valor para o setor sucroenergético.
“O Brasil se tornará um dos maiores produtores de combustíveis verdes de aviação”, destacou o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O SAF está inserido na Lei do Combustível do Futuro, considerada pilar da nova agenda agroambiental brasileira, que une produção agrícola, sustentabilidade e inovação.
Exportações e habilitação de frigoríficos em alta
Além do foco em energias limpas, o governo brasileiro busca ampliar o fluxo comercial agropecuário com a China, que respondeu por 36,2% das exportações do agro brasileiro em 2024. Produtos como soja, carnes, celulose e açúcar lideram a pauta.
Em março, a China anunciou a habilitação de 38 novas plantas frigoríficas brasileiras, o maior pacote já autorizado em uma única vez. A lista inclui 24 unidades de carne bovina, oito de carne de aves e uma de carne bovina termoprocessada, além de entrepostos. O Brasil já soma mais de 140 plantas habilitadas para o mercado chinês, o que consolida o país como principal fornecedor de proteínas animais para o gigante asiático.
No primeiro trimestre de 2025, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 19,8 bilhões, com destaque para óleo bruto de petróleo, soja e minério de ferro. O superávit comercial no ano passado foi de US$ 51,1 bilhões a favor do Brasil, reflexo direto do peso do agro na balança bilateral.
Aliança estratégica no cenário global
A visita também se insere em um momento de crescente articulação internacional. Brasil e China mantêm diálogo constante em fóruns como G20, BRICS e COP, com expectativa de alinhamento em temas como comércio agroambiental, cadeias sustentáveis, rastreabilidade e clima. A realização da COP30 em Belém (PA), em novembro, será uma vitrine para o modelo brasileiro de produção com base em ciência, baixo carbono e segurança alimentar.
A missão brasileira à China, acompanhada por ministros e autoridades do setor produtivo, reforça que o agro é vetor de competitividade internacional e peça-chave na agenda estratégica do governo para crescimento econômico com sustentabilidade.
Com informações go Gov.br
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