A safra de laranja 2025/26 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve alcançar 314,6 milhões de caixas de 40,8 kg, segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira (9) pelo Fundecitrus. O volume representa crescimento de 36,3% em relação à safra anterior, marcada por uma quebra severa, e sinaliza a retomada à média histórica da última década.
O desempenho positivo é atribuído a condições climáticas mais favoráveis, especialmente entre outubro e dezembro de 2024, quando as chuvas foram decisivas para a florada e o pegamento dos frutos. Com isso, cerca de 70% da produção esperada vem da segunda florada, mais intensa e homogênea que a primeira.
A produtividade média por hectare está estimada em 869 caixas, com destaque para a região Sudoeste, que deve colher até 1.102 caixas/hectare. Já o Centro do cinturão registra produtividade de 826 caixas/hectare. Variedades tardias, como Valência, Folha Murcha e Natal, apresentaram os maiores saltos de produtividade, com avanço superior a 40% frente à safra anterior.
Apesar do avanço, o peso médio das frutas deve ser ligeiramente inferior ao do último ciclo, devido ao florescimento tardio em parte dos pomares e à menor incidência de chuvas no início de 2025. Além disso, a taxa de queda aumentou para 20%, influenciada pela presença do greening — doença que continua sendo o principal desafio fitossanitário da citricultura — e pela colheita mais estendida.
A estimativa reacende o otimismo do setor, que vê na recuperação da safra uma oportunidade para garantir regularidade de abastecimento à indústria, estabilizar os preços internos e reforçar a liderança brasileira no mercado mundial de suco de laranja.
Responsável por mais de 70% da produção nacional, o cinturão citrícola paulista é pilar estratégico do agronegócio brasileiro. A melhora da produção em 2025/26 poderá beneficiar não apenas os exportadores, mas também os produtores locais e trabalhadores da cadeia produtiva, que somam milhares de empregos diretos e indiretos.
Com informações da Fundecitrus
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