Um ano após a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, a reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes avança e se torna símbolo de superação. Com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e da Defesa Civil Nacional, obras essenciais já começam a mudar a paisagem e a vida das comunidades afetadas.
Em Canudos do Vale, no Vale do Taquari, a nova ponte sobre o Arroio Forquetinha foi inaugurada no último sábado (26). Reconstruída com investimento de R$ 3,276 milhões, a estrutura restabeleceu o tráfego na região e marcou a retomada da esperança para a população.
“Essa ponte para mim é o coração de Canudos do Vale”, comemorou o prefeito Maico Juarez Berghahn.
Já em São Vendelino, na Serra Gaúcha, a reconstrução da ponte que liga a RS-122 ao Bairro Piedade segue em ritmo acelerado, com 40% das obras concluídas. Além disso, foram realizadas ações de contenção com muros de gabião para proteger a infraestrutura urbana, totalizando R$ 2,8 milhões em investimentos.
De acordo com o coordenador Thiago Monico, o Governo Federal já aprovou R$ 1,4 bilhão em recursos para o estado, dos quais R$ 673 milhões foram destinados a ações de restabelecimento de serviços essenciais, como limpeza urbana, pavimentação de vias e reconstrução de edificações públicas.
Assistência humanitária e reconstrução habitacional
O trabalho emergencial também garantiu apoio imediato às famílias atingidas. O Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil beneficiou mais de 422 mil famílias, totalizando um investimento de R$ 2,15 bilhões. Entre os beneficiados está Clésio do Rosário, de 64 anos, que pôde recomeçar após perder seus bens na enchente.
Na área habitacional, o Governo Federal atua em parceria com os municípios para reconstruir moradias por meio de programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e a modalidade Compra Assistida, já contemplando 1.500 famílias com novas residências.
União e superação
O balanço das ações mostra um trabalho contínuo de preparação, resposta e reconstrução. Desde a emissão dos alertas de risco climático até a execução de obras de grande porte, a atuação coordenada da Defesa Civil Nacional e dos municípios foi essencial para garantir a recuperação de cidades como Relvado, que viu 70% de seu território submerso em 2024.
“Se não tivesse vindo esses recursos, nós não teríamos feito nem metade do que foi feito”, afirmou Raquel Martini, coordenadora da proteção civil de Relvado.
A reconstrução no Rio Grande do Sul é um exemplo da importância da resposta rápida e da união entre governo e sociedade para superar tragédias e construir um futuro mais resiliente.
Com informações do MIDR
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