Reunidos em Buenos Aires para a 2ª Cúpula AgroGlobal da América do Sul, líderes de instituições agropecuárias e parlamentares de sete países reafirmaram o compromisso com o fortalecimento do setor agropecuário da região. Sob o tema “Agro e Política: Uma aliança regional”, o encontro resultou na assinatura da “Carta de Buenos Aires”, que define diretrizes conjuntas para o desenvolvimento sustentável, inovação tecnológica e abertura comercial no campo.
A cúpula reuniu representantes da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Colômbia, Peru e Uruguai e consolidou o Espaço Parlamentar Agroindustrial Sul-Americano, plataforma inédita de articulação entre os legislativos da região. A nova instância será coordenada tecnicamente pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), com o objetivo de harmonizar políticas públicas e promover trocas de experiências e propostas legislativas voltadas ao agronegócio.
Entre os compromissos firmados estão o estímulo ao investimento em agroindústria, ampliação da produção de alimentos, uso sustentável dos recursos naturais e combate à pobreza por meio da geração de empregos e do desenvolvimento regional. A carta também destaca o papel da América do Sul como líder na segurança alimentar global, diante de sua biodiversidade, capacidade produtiva e avanço em bioenergia.
“A agro-bioindústria é pilar estratégico para enfrentarmos os desafios climáticos e a volatilidade de mercados”, declarou a presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella. “Vamos colocar a mão na massa e construir uma proposta concreta para nossos países.”
Jorge Saenz Rozas, da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (CREA), reforçou o papel do diálogo como base para a integração.
“Precisamos de um espaço respeitoso para avançarmos juntos. A Carta de Buenos Aires representa esse espírito de cooperação.”
A Cúpula também deu continuidade à agenda estabelecida na “Carta de Brasília”, assinada em 2024, que já apontava para uma atuação coordenada da região em temas como segurança alimentar, sustentabilidade e transição energética. A nova carta amplia essa ambição ao prever, por exemplo, o fortalecimento do comércio agrícola, da inovação rural e da infraestrutura logística.
Os parlamentares presentes defenderam o protagonismo do setor agropecuário sul-americano nos fóruns globais. Para a deputada Roberta Roma (PL-BA), a aliança é estratégica.
“É fundamental que a América do Sul una forças para mostrarmos ao mundo que é possível produzir com responsabilidade.”
A agenda conjunta da cúpula também contempla temas prioritários como a digitalização do campo, a valorização de agricultores familiares e a promoção de cadeias produtivas inclusivas. Segundo o deputado Zequinha Marinho (Podemos-PA), o momento é oportuno.
“Com a COP30 se aproximando, temos uma chance única de mostrar que o agro da Amazônia pode aliar sustentabilidade e inovação.”
A próxima etapa da integração será a construção de um modelo de governança regional envolvendo parlamentares, setor produtivo e sociedade civil, com metas comuns e articulação estratégica para consolidar a América do Sul como potência agroambiental global.
Com informações da FPA
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