O agronegócio brasileiro registrou, em março de 2025, o segundo maior valor de exportações da série histórica para o mês, com um total de US$ 15,6 bilhões em vendas externas. O desempenho representa um crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O setor respondeu por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês, reafirmando seu papel como motor da economia nacional.
O crescimento nas exportações foi impulsionado principalmente pelo aumento no volume dos embarques, que avançaram 10,2% no período. Os preços internacionais também contribuíram para o resultado, com elevação média de 2,1%.
Os principais destaques entre os produtos exportados foram a soja em grãos, que somou US$ 5,7 bilhões (+7%), o café verde, que bateu recorde com US$ 1,4 bilhão (+92,7%), a carne bovina in natura, com US$ 1,1 bilhão (+40,1%), a celulose (US$ 988 milhões, +25,4%) e a carne de frango in natura (US$ 772,3 milhões, +9,6%).
De acordo com o Mapa, a China se manteve como principal destino das exportações do agronegócio, com 36,5% de participação e US$ 5,7 bilhões em compras. Na sequência, aparecem União Europeia (US$ 2,2 bilhões, +16,6%) e Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão, +44,5%), além de mercados asiáticos como Vietnã e Turquia, que também tiveram crescimento expressivo nas aquisições de soja, algodão, celulose e carnes brasileiras.
O café verde foi um dos protagonistas no mês, alcançando valor recorde histórico. A combinação de oferta mundial reduzida e forte demanda nos mercados europeu, norte-americano e japonês fez com que o preço médio ultrapassasse US$ 6.500 por tonelada, crescimento de 83,2% em relação a março de 2024.
Outro produto com desempenho excepcional foi a carne bovina in natura, que registrou o maior volume e valor de exportações já registrados para o mês de março. A China respondeu por quase 44% dessas vendas, seguida pelos Estados Unidos, onde os embarques cresceram mais de 600% em valor.
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 37,8 bilhões — um avanço de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024, e o maior valor já registrado para o período. O superávit comercial do setor chegou a US$ 32,6 bilhões, resultado da combinação entre aumento da produção, demanda internacional aquecida e valorização de produtos estratégicos como café, carnes e celulose.
Além disso, o governo tem atuado para diversificar os mercados e valorizar itens de maior valor agregado. Produtos como gelatinas, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para pets registraram recordes históricos em valor ou quantidade exportada no mês de março.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, “os números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades”. Já o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, ressaltou a importância da diversificação de mercados e da escuta ativa do setor produtivo como pilares da estratégia comercial brasileira.
Com resultados positivos, o agronegócio mantém sua trajetória de crescimento, impulsionando a geração de empregos, renda e divisas, além de consolidar o Brasil como parceiro confiável no fornecimento de alimentos seguros, de qualidade e competitivos para o mundo.
Com informações do Mapa
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