O Brasil atingiu um marco histórico na gestão de resíduos agrícolas ao ultrapassar a marca de 800 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas corretamente desde 2002. O feito foi alcançado pelo Sistema Campo Limpo, gerido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), consolidando o país como referência mundial em logística reversa no setor.
Somente em 2024, 68,5 mil toneladas de embalagens foram devolvidas pelos agricultores, higienizadas e encaminhadas para destinação sustentável, representando um crescimento de 27% em relação ao ano anterior. De acordo com Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, esse resultado reflete o trabalho conjunto de toda a cadeia produtiva, incluindo agricultores, distribuidores, cooperativas, indústria e poder público.
“O Sistema Campo Limpo é um dos maiores exemplos globais de sustentabilidade, gerando impactos ambientais, sociais e econômicos significativos. Esse marco é motivo de entusiasmo para todos os envolvidos”, afirmou Okamura.
A destinação correta das embalagens vazias é garantida pela Lei nº 14.785/23, que regulamenta a logística reversa no setor de defensivos agrícolas. O cumprimento da legislação, aliado à atuação do inpEV, contribuiu para erradicar um problema ambiental e transformar a reciclagem em um instrumento essencial de preservação.
O inpEV também avançou no Programa Brasileiro GHG Protocol, da Fundação Getúlio Vargas, conquistando o Selo Prata em menos de dois anos. O reconhecimento destaca os esforços do instituto na medição e redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Atualmente, o sistema conta com 411 unidades de recebimento no Brasil, sendo 103 centrais e 308 postos, além de milhares de pontos móveis para atender pequenos produtores em regiões mais distantes. Para 2025, o inpEV projeta expandir suas operações, aumentar os índices de reciclagem e fortalecer o Brasil como referência global em economia circular.
Com mais de 20 anos de atuação, o Sistema Campo Limpo reúne mais de 195 fabricantes e 256 associações de revendas e cooperativas, atendendo cerca de 2 milhões de propriedades rurais em todo o país, segundo o Censo Agropecuário de 2017. O modelo de responsabilidade compartilhada entre indústria, distribuidores e agricultores tem sido um fator determinante para o sucesso da iniciativa.
“O trabalho conjunto dos elos da cadeia agrícola tem sido essencial para tornar o agronegócio cada vez mais inovador e sustentável”, concluiu Okamura.
Fonte: inpEV
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