O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo não pretende adotar subsídios ou utilizar espaço fiscal para reduzir o preço dos alimentos. Em vez disso, ele destacou que medidas regulatórias, como a portabilidade dos vales-refeição e alimentação, podem contribuir para a queda dos preços, garantindo mais liberdade e poder de escolha aos trabalhadores.
Câmbio e safra devem ajudar na redução dos preços
Segundo Haddad, a recente alta dos preços dos alimentos foi impulsionada, principalmente, pela desvalorização do real frente ao dólar, que encarece produtos exportáveis, como leite, café, carne e frutas. No entanto, ele ressaltou que a tendência de valorização da moeda brasileira e a expectativa de uma grande safra agrícola em 2025 podem aliviar os custos para os consumidores nos próximos meses.
“A hora que o dólar começa a se acomodar, isso vai afetar favoravelmente os preços também”, afirmou o ministro. Ele reforçou que os indicadores do governo apontam para um ano positivo na produção agrícola, sem riscos de desabastecimento.
Portabilidade dos vales como alternativa
Uma das principais medidas citadas por Haddad para reduzir o preço dos alimentos é a regulamentação da portabilidade dos vales-refeição e alimentação. O ministro explicou que, atualmente, muitos trabalhadores perdem parte do benefício devido a taxas elevadas cobradas nas transações, o que encarece o custo final da alimentação.
“A regulação da portabilidade pode garantir que o trabalhador tenha melhores condições de uso do seu benefício e que esse recurso seja quase integralmente investido em alimentação, sem perder dinheiro no meio do caminho”, declarou Haddad.
Governo nega intervenção nos preços
O ministro também rejeitou qualquer possibilidade de controle direto sobre os preços dos alimentos, classificando essa ideia como um “equívoco de comunicação”. Ele garantiu que a estratégia do governo está focada em soluções de mercado e regulação, e não em medidas que possam gerar distorções econômicas.
“A política do governo é melhorar a concorrência, o ambiente de negócios e a eficiência do mercado. Abrir mão de receita ou intervir nos preços não está no nosso horizonte”, afirmou.
Com essa abordagem, o governo aposta em um conjunto de fatores – câmbio favorável, boa safra e medidas regulatórias – para conter a inflação dos alimentos e aliviar os impactos no orçamento das famílias brasileiras.
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