Brasília (DF) sediará, nos dias 11 e 12 de fevereiro, a primeira “Oficina sobre Conservação da Agrobiodiversidade por Guardiãs(ões) em Bancos Comunitários de Sementes (BCS): Experiências, Diálogos e Demandas”. Guardiões de sementes são agricultores que dedicam a vida a proteger a biodiversidade agrícola e a usá-la para melhorar suas vidas e a vida de outras pessoas. Por seu trabalho, eles têm forte atuação na conservação local dos recursos genéticos (conservação in situ/on farm). Para o pesquisador Irajá Ferreira Antunes, da Embrapa Clima Temperado (RS), o evento inédito “será um marco na agricultura brasileira”.
A oficina integra as ações do projeto ConservaIn, liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), e está sendo organizada por um grupo de pesquisadores, e foi apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome-MDS, por meio de um Termo de Execução Descentralizada.
“Teremos a presença de representantes de agricultura familiar, quilombos, apanhadoras de flores, indígenas, agricultura realizada em áreas urbanas e periurbanas e de outras comunidades. Essa diversidade de guardiãs e guardiões é extremamente enriquecedora para que possamos trocar experiências e conhecer quais são as reais demandas por regiões e comunidades”, destaca a pesquisadora Antonieta Nassif Salomão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
A Comissão Organizadora da Oficina conta ainda com colegas de outras Unidades da Embrapa e da Sede, que têm larga experiência no tema. Também estão confirmados nove técnicos de instituições parceiras da Embrapa, entre eles professores e pesquisadores de Organizações não Governamentais, institutos e universidades que já trabalham com as guardiões.
“A ideia é praticarmos uma escuta sensível das falas dos guardiões e buscarmos fortalecer trabalhos colaborativos, os convidando a trabalhar conosco”, explica a coordenadora do ConservaIn, a pesquisadora Marília Burle, também da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
De acordo com ela, os guardiões são considerados lideranças em suas comunidades, pois utilizam diversas estratégias para guardar as sementes, empregando métodos que variam conforme o ambiente e a sua própria experiência , e também atuam como multiplicadores desse conhecimento.
“Entre as técnicas, destacam-se, em alguns locais, o uso de areia e óleo de carnaúba, que ajudam a prolongar a vida útil das sementes, mas geralmente por não mais do que três anos, o que é considerado um período curto”, esclarece.
Fonte: Embrapa
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