A captura de psilídeos no cinturão citrícola do estado de São Paulo e Triângulo Sudoeste Mineiro apresentou queda de 41% em 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, conforme levantamento quinzenal realizado pelo Fundecitrus e divulgado na plataforma Alerta Psilídeo. O número médio de capturas caiu de 2,23 psilídeos por armadilha em 2023 para 1,32 em 2024. Em 2022, a média havia sido de 1,68.
A região de Casa Branca (SP) destacou-se com uma redução de 76% nas capturas, seguida por Frutal (MG) com 72% e as regiões paulistas de Bebedouro (68%), Novo Horizonte (64%) e Araraquara (57%). Por outro lado, Itapetininga e Brotas registraram aumentos de 19% e 9%, respectivamente.
De acordo com Ivaldo Sala, engenheiro-agrônomo do Fundecitrus, os resultados refletem o manejo efetivo realizado pelos citricultores, combinado a fatores climáticos como altas temperaturas e períodos de seca, que impactaram negativamente a reprodução e dispersão dos psilídeos.
Apesar da redução nas capturas, Sala enfatiza a necessidade de intensificar as práticas de manejo para combater o greening, que continua sendo uma ameaça grave aos pomares. Ele destaca que o sucesso é fruto de estratégias como pulverizações regulares, eliminação de plantas doentes e rotação de modos de ação, medidas que devem ser mantidas e aprimoradas, especialmente em áreas de expansão citrícola.
Monitoramento expandido
O Alerta Psilídeo cobre 21 regiões em 267 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, além de áreas em Mato Grosso do Sul. Com mais de 35 mil armadilhas instaladas, o monitoramento tem sido crucial para orientar os produtores no controle do inseto.
Esses esforços, alinhados ao trabalho técnico e às condições climáticas desfavoráveis ao psilídeo, têm sido fundamentais para a redução das capturas e a proteção da citricultura brasileira.
Com informações do Fundecitrus
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