O setor suinícola nacional, que experimentou um movimento de alta nos preços desde maio, atingindo patamares recordes em novembro, enfrentou uma interrupção em dezembro. Essa mudança foi impulsionada pela oferta elevada de animais em peso ideal para abate no mercado interno, resultando em uma redução no ritmo de compras por parte das indústrias. Na região SP-5, que abrange Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, o preço médio do suíno vivo caiu para R$ 9,17/kg, uma queda de 7,7% em relação ao mês anterior.
Em Minas Gerais, a desvalorização foi ainda mais acentuada. Em Patos de Minas, o preço do suíno ficou em R$ 8,81/kg, 12,8% abaixo do registrado em novembro. Em Braço do Norte (SC) e Arapoti (PR), os preços também apresentaram quedas, com valores de R$ 8,77/kg e R$ 9,24/kg, respectivamente.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi cotada a R$ 14,08/kg, um recuo de 5% no comparativo mensal, refletindo a pressão da oferta e a maior disponibilidade interna de carne. Os preços de outros cortes, como costela e paleta desossada, também tiveram quedas significativas.
Apesar da retração nos preços no mercado interno, o setor exportador de carne suína brasileiro fechou 2024 com volume e receita recordes, segundo dados da Secex. No acumulado do ano, foram exportadas 1,33 milhão de toneladas, 10% a mais do que no ano anterior, gerando uma receita de R$ 16,3 bilhões, um avanço de 17,3%. No entanto, as exportações em dezembro mostraram uma queda de 10,4% em relação a novembro.
O poder de compra dos suinocultores paulistas também foi impactado, já que a desvalorização do suíno vivo superou as quedas nos preços dos insumos, como milho e farelo de soja. Em dezembro, os suinocultores puderam adquirir 7,53 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno, uma redução de 6,9% em relação ao mês anterior.
Enquanto os preços da carne suína caíram, os valores do frango e da carne bovina subiram, aumentando a competitividade da carcaça suína no mercado. O frango inteiro resfriado teve uma alta de 3,2%, enquanto a carcaça bovina subiu 0,7%. A diferença de preço entre a carne bovina e a suína aumentou, refletindo um cenário complexo para o setor suinícola no final de 2024.
Fonte: APBA
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