O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 499 milhões para o Grupo Piracanjuba (Laticínios Bela Vista S/A). O recurso será destinado à implantação de uma nova unidade industrial em São Jorge d’Oeste (PR), com capacidade para processar 1,2 milhão de litros de leite por dia. O projeto, que representa um investimento total de R$ 612 milhões, incluirá a produção de queijos, manteiga, whey protein (concentrados e isolados proteicos) e lactose em pó.
A operação será financiada por meio de duas linhas de crédito: o Programa BNDES Mais Inovação (R$ 277 milhões) e a linha Incentivada B do FINEM (R$ 222 milhões). A unidade terá capacidade para produzir até 39,4 mil toneladas de queijo muçarela e 7,9 mil toneladas de manteiga por ano. Além disso, serão produzidas 6 mil toneladas de whey protein e 14,8 mil toneladas de lactose em pó anualmente, aproveitando o soro de leite, subproduto da fabricação de queijos.
Avanço tecnológico e impacto ambiental
A nova fábrica será a primeira no Brasil a integrar a produção de queijo com a fabricação de concentrados e isolados proteicos em pó e de lactose em pó em uma única planta. Essa integração reduz custos logísticos, otimiza recursos e contribui para a descarbonização do processo industrial. O modelo segue padrões de eficiência observados nos Estados Unidos e Europa.
O whey protein e a lactose em pó, produtos de alta aplicabilidade, atendem mercados como nutrição, farmacêutico e cosmético. No Brasil, 85% da demanda por whey protein é suprida por importações, representando cerca de US$ 54 milhões na balança comercial em 2023, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O empreendimento prevê a criação de 250 empregos diretos, além de impacto positivo na renda local. Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba, destacou o uso de tecnologias sustentáveis, incluindo reaproveitamento de água e produção de biogás para energia.
“A nova unidade combina alta tecnologia e sustentabilidade, promovendo eficiência operacional e qualidade padronizada nos produtos”, afirmou.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou que o projeto marca a expansão tecnológica da cadeia láctea nacional e a redução da dependência de importações.
“É um passo estratégico para fortalecer o setor agroindustrial, com impactos positivos para a economia e a segurança alimentar do país.”
Essa iniciativa está alinhada à Nova Indústria Brasil, programa que visa agregar valor às cadeias agroindustriais e promover a segurança alimentar e nutricional.
Com informações do BNDES
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