As exportações da Bahia atingiram US$ 11,73 bilhões em 2024, marcando um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo em um cenário global desafiador com a desaceleração econômica da China e a instabilidade dos preços das commodities. A agropecuária desempenhou um papel central nesse resultado, contribuindo com US$ 4,62 bilhões e registrando alta de 3%, mesmo diante de uma queda de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados continuaram liderando as exportações agropecuárias, com US$ 2,97 bilhões, representando 64,3% das vendas do setor. No entanto, houve uma queda de 4,2% em relação ao ano anterior, reflexo das flutuações de mercado e da demanda externa. Apesar disso, outros produtos do setor, como cacau, café e frutas, ajudaram a manter o crescimento do segmento.
A China reafirmou sua posição como principal destino das exportações baianas, com US$ 3,36 bilhões em compras, uma alta de 4,1% em relação a 2023. As vendas para o bloco asiático totalizaram US$ 5,51 bilhões, ou 47% do total exportado pelo estado. Destacou-se também o aumento exponencial das exportações para a Espanha, que cresceram 214,1%, atingindo US$ 568,9 milhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
No âmbito geral, a Bahia manteve sua liderança como maior exportadora do Nordeste, respondendo por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete não apenas a robustez do setor agropecuário, mas também o fortalecimento da indústria de transformação e da mineração, que complementaram os números positivos.
No entanto, as importações do estado também tiveram um aumento expressivo, chegando a US$ 10,68 bilhões, uma alta de 25,4% em relação a 2023. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, acompanhando o ritmo aquecido da economia interna.
Para 2025, as perspectivas para as exportações agropecuárias baianas são positivas, especialmente com a previsão de uma safra agrícola superior à de 2024. Contudo, fatores como a volatilidade do câmbio, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e o impacto das condições climáticas sobre a produção global permanecem como variáveis críticas a serem monitoradas.
Com informações ASCOM BA
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