Em sua primeira revisão de 2025, a StoneX elevou a estimativa de produção de soja 24/25 para 171,4 milhões de toneladas, 3,1% a mais que o divulgado em dezembro. Esse aumento decorreu de revisões de área e de produtividade.
A área plantada nacional subiu para 47,1 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 2% frente ao registrado no ciclo 23/24, com destaque para a revisão em estados do Norte/Nordeste e do Centro-Oeste.
A produtividade média para o país ficou em 3,64 toneladas por hectares, como resultado do bom andamento do ciclo da soja, com perspectivas muito positivas em vários estados produtores.
“Tudo indica um resultado acima de 170 milhões de toneladas para a produção da oleaginosa, mas o clima continua no radar, destacando a possibilidade de chuvas excessivas no final do ciclo, que poderiam trazer algum prejuízo para as lavouras”, pondera a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
Além do aumento esperado da produção de soja 24/25, o balanço de oferta e demanda trouxe ajustes também para as exportações de soja do próximo ano, que poderiam alcançar 107 milhões de toneladas.
Com uma oferta maior de soja, o Brasil pode reforçar ainda mais seu protagonismo nas exportações mundiais de oleaginosa, destacando também a possiblidade de uma nova guerra comercial entre EUA e China, que poderia favorecer os embarques da oleaginosa brasileira.
Milho
Expectativa de oferta de milho 24/25 aumenta, mas novos ajustes para a safrinha ainda têm espaço para ocorrer
A StoneX elevou sua estimativa de produção total de cereal para 128,6 milhões de toneladas, considerando a primeira e a segunda safras 24/25 e repetindo o número da terceira safra 23/24
A StoneX promoveu um pequeno aumento na estimativa de produção de milho primeira safra 24/25, que subiu para 24,85 milhões de toneladas, avanço de 0,9% em comparação ao relatório anterior.
Houve pequenos ajustes positivos tanto em área plantada como em produtividade, com destaque para os aumentos de área em Tocantins, Maranhão e Piauí, enquanto a produtividade do Paraná e de São Paulo também foi elevada.
Mesmo assim, caso esse volume de produção seja confirmado, ainda representaria uma queda de 4,6% em comparação com o ciclo 23/24, com a oferta de milho se concentrando, cada vez mais, na segunda safra – que recebeu um aumento marginal na produção estimada em janeiro pelo grupo, de 0,1%, frente ao relatório de dezembro, alcançando 101,57 milhões de toneladas.
Essa variação da segunda safra foi resultado de uma pequena revisão da área plantada no Tocantins, que subiu para 295 mil hectares.
“Nos próximos meses, com o plantio e desenvolvimento da safrinha de milho, crescem as possibilidades de novas revisões, lembrando que a segunda safra do cereal enfrenta um risco climático mais significativo”, explica o analista de inteligência de mercado da StoneX, Raphael Bulascoschi.
A produção total de milho passou de 128,3 para 128,6 milhões de toneladas, considerando a primeira e a segunda safras 24/25 e repetindo o número da terceira safra 23/24.
Com o término do ano safra 23/24 no final de janeiro, as exportações passaram de 38,5 para 39 milhões de toneladas.
De qualquer forma, os números continuam indicando um cenário confortável para o balanço de oferta e demanda de milho, com os estoques finais para o ciclo 24/25 estimados em 15,95 milhões de toneladas.
*NOTA: A produção total de milho inclui as estimativas para a primeira, segunda e terceira safras. A terceira safra está em 2,19 milhões de toneladas (repetindo 23/24).
Fonte: StoneX
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