O mercado doméstico de trigo enfrenta um período de baixa liquidez e redução nos preços, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nas principais regiões produtoras, como Paraná e Rio Grande do Sul, os valores atuais estão nos menores patamares desde os meses de abril e maio deste ano, período que antecedeu a semeadura.
De acordo com pesquisadores do Cepea, as expressivas importações de trigo realizadas nos últimos meses, aliadas às recentes compras no mercado spot nacional, contribuíram para manter os demandantes abastecidos. Apesar da tentativa de vendedores de reduzir os valores das ofertas para impulsionar as negociações, isso não foi suficiente para atrair compradores de forma significativa.
Expectativas para 2024
A retração do mercado é vista como temporária por analistas, que indicam que negociações envolvendo maiores volumes devem ser retomadas apenas no próximo ano. O cenário dependerá, entre outros fatores, de como os preços internacionais irão se comportar e das condições climáticas, que podem influenciar a qualidade e a oferta do grão nacional.
Contexto das importações e impacto nos preços
O aumento das importações de trigo ao longo de 2024 ajudou a reduzir a pressão sobre a demanda interna, contribuindo para a atual queda nos preços. Com estoques relativamente confortáveis, compradores não sentem necessidade imediata de fechar novos negócios, o que explica a baixa liquidez.
Essa dinâmica reforça os desafios enfrentados por produtores no final deste ano, que buscam alternativas para escoar sua produção em um ambiente de demanda enfraquecida.
Acompanhar as tendências do mercado e os movimentos de oferta e demanda será essencial para agentes da cadeia produtiva, sobretudo em um período marcado pela competitividade com o trigo importado e pela volatilidade de preços.
Com informações do Cepea
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