O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) destinarão R$ 8,8 milhões para financiar até quatro projetos voltados à restauração ecológica e ao fortalecimento da cadeia produtiva da restauração em áreas da Caatinga. As iniciativas, com área mínima de 100 hectares cada, serão selecionadas por edital e terão prazo de execução de 48 meses. Os projetos fazem parte do programa “Caatinga Viva”, vinculado à iniciativa Floresta Viva, do BNDES.
O Fundo Brasileiro pela Biodiversidade (Funbio) será responsável pela chamada pública para a seleção dos projetos, utilizando recursos do Fundo Socioambiental do BNDES (R$ 4,4 milhões) e do BNB (R$ 4,4 milhões). Além de organizar o processo, o Funbio acompanhará a execução e os resultados das iniciativas.
O anúncio foi realizado nesta quarta-feira (27), durante reunião do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) na sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Recife (PE). Participaram representantes do BNDES, do BNB e da Sudene.
As áreas contempladas estão localizadas em unidades de conservação e seus entornos, abrangendo estados do Nordeste e de Minas Gerais. Podem incluir áreas de preservação permanente (APP), reservas legais (RL), territórios indígenas e quilombolas, comunidades tradicionais e assentamentos rurais.
Para participar, instituições sem fins lucrativos constituídas há pelo menos dois anos e com experiência em projetos de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável ou recuperação de áreas degradadas poderão apresentar propostas. Parcerias que fortaleçam os projetos também são permitidas. O prazo para envio das propostas é 21 de fevereiro de 2025.
A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, ocupa 10,1% do território nacional e abriga cerca de 27 milhões de pessoas. Apesar de sua importância ambiental e capacidade de captura de carbono, enfrenta desafios como o avanço do desmatamento, que já afetou aproximadamente 46% de sua área original.
A iniciativa Floresta Viva, lançada pelo BNDES, busca restaurar áreas degradadas em biomas brasileiros, incluindo a Caatinga. Com previsão de investimentos de R$ 500 milhões em sete anos, o programa tem como meta restaurar entre 25 mil e 35 mil hectares, contribuindo para a remoção de 8 a 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera ao longo de 25 anos. O programa também apoia metas globais de sustentabilidade e combate às mudanças climáticas.
*Com informações do BNDES
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