Em outubro de 2024, o Brasil registrou um novo recorde nas exportações de café, com 4,926 milhões de sacas enviadas ao mercado externo. Este número representa um crescimento de 11,6% em relação a outubro do ano anterior e supera em 3,27% o recorde histórico anterior, registrado em novembro de 2020. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o resultado destaca o potencial de expansão do setor, mesmo diante de desafios logísticos que impediram o embarque de 2,1 milhões de sacas até o final de setembro.
As exportações de outubro, realizadas a um preço médio de US$ 282,80 por saca, alcançaram um total de US$ 1,393 bilhão, um recorde de receita para o setor em um único mês, representando um aumento de 62,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, destacou os esforços logísticos das empresas brasileiras para atender a demanda crescente.
“Esse resultado de outubro foi, sem dúvida, muito bom para o comércio exportador de café do Brasil, pois demonstra o engajamento das empresas e de suas equipes logísticas para consolidar seus embarques, buscando alternativas, como as exportações de cinco navios de break bulk, para honrar os compromissos com os clientes internacionais,” afirmou Ferreira. Ele ressaltou, contudo, que “há um grande volume de café parado nos portos” e que “os exportadores seguem enfrentando desafios logísticos” para consolidar seus embarques.
Expansão no ano e principais destinos
De janeiro a outubro de 2024, o Brasil exportou 41,456 milhões de sacas de café, um volume histórico para o período e que representa um aumento de 35,1% em relação ao ano passado. A receita cambial também atingiu um novo patamar, alcançando US$ 9,875 bilhões, um crescimento de 53,8% frente a 2023.
A Alemanha lidera como principal destino do café brasileiro, com 6,640 milhões de sacas importadas entre janeiro e outubro, crescimento de 77% em comparação com o ano passado. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição com 6,522 milhões de sacas (+30,9%), seguidos por Bélgica, Itália e Japão.
No mercado de café verde para países produtores, o México se destacou, importando 871.766 sacas, um aumento de 155,3%. O Vietnã, segundo maior produtor mundial de café, ampliou suas importações do produto brasileiro em 432,8%, adquirindo 607.233 sacas, enquanto a Índia registrou um expressivo aumento de 1.356% no volume importado.
Portos e tipos de café
O Porto de Santos se consolidou como o principal ponto de exportação, responsável por 67,4% do volume total enviado ao exterior, enquanto o complexo portuário do Rio de Janeiro respondeu por 28,1% das remessas.
Quanto aos tipos de café, a variedade arábica dominou as exportações, com 30,201 milhões de sacas enviadas ao exterior até outubro, um aumento de 24,3% sobre o ano anterior. O café canéfora (conilon e robusta) também teve um desempenho significativo, com um crescimento de 140%, totalizando 7,894 milhões de sacas exportadas.
Esses dados destacam a posição robusta do Brasil como principal exportador de café, consolidando sua relevância no mercado global e reforçando a importância de investimentos em infraestrutura logística para sustentar o crescimento contínuo do setor.
Por Cristiane Ferreira, com informações da Cecafé
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