Na última década, o Brasil passou de oitavo a primeiro exportador mundial de óleo de amendoim, um fenômeno resultante de fatores econômicos, tecnológicos e estratégicos. No período, a expansão foi acompanhada pelo aumento da área plantada e em investimentos em unidades fabris esmagadoras da oleaginosa. Tanto assim que, se na safra 2012/13 eram 97 mil hectares plantados, em 2022/23 esse número passou para 220 mil hectares. Já a produção passou de 326 mil toneladas em 2013 para cerca de 893 mil toneladas em 2023.
Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) confirmam que, em 2022, o Brasil alcançou a posição de maior exportador mundial de óleo de amendoim. E, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mesmo sendo apenas o 12º produtor de amendoim do mundo em 2023, o Brasil detém o primeiro lugar na exportação de óleo de amendoim, com 86 mil toneladas comercializadas. O país tem uma enorme capacidade para aumentar ainda mais essa liderança, pois tem condições para expandir a área de cultivo da oleaginosa, conta com clima favorável para essa cultura, expertise em tecnologia produtiva e qualidade diferenciada dos grãos.
Em 2022, a cadeia de produção do óleo de amendoim foi fundamental para compensar a queda de preços do produto com casca no mercado local. Na comparação com 2021, o total foi 86% maior em volume, somando 136 mil toneladas. Em termos de valores, o patamar sobe para 91%, com pouco mais de US$ 247 milhões.
O aumento das exportações brasileiras pode ser explicado pela crescente demanda por produtos de origem vegetal, especialmente óleos saudáveis. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) indica que o de amendoim é valorizado por oferecer excelentes características nutricionais e pela versatilidade na culinária, especialmente em mercados como Europa e Ásia.
São Paulo é responsável por cerca de 90% da produção brasileira de amendoim, e o município de Itaju, localizado na parte central do estado, vem se consolidando como a capital nacional do óleo de amendoim. Com menos de 4 mil habitantes, em 2023 a cidade foi responsável por mais de 28% das exportações do produto, alcançando o topo do ranking nacional. Esse número se deve à CRAS Brasil, que mantém seu parque industrial no município. A CRAS Agro, uma das unidades de negócio do grupo, atua na originação, industrialização e comercialização de produtos agrícolas e é líder brasileira na exportação de óleo de amendoim. Também comercializa farelo de amendoim para nutrição animal no mercado interno, óleo e farelo de soja.
O início da produção de óleo de amendoim foi em 2015. Desde então, tem crescido a passos largos. Em 2021, foi feito um grande Investimento em fábrica e área de plantio de sementes mais produtivas, o que possibilitou à indústria a produzir melhor e expandir seu mercado e a atingir a liderança na produção e exportação do produto.
Os principais importadores do óleo bruto de amendoim produzido pela CRAS Agro são a China, a Europa e os Estados Unidos. Como forma de garantir a qualidade do produto, a CRAS desenvolveu um sistema de rastreabilidade para identificar a origem de cada lote de amendoim, desde o produtor até o seu esmagamento final.
A CRAS AGRO também passou a comercializar suas sementes, desenvolvidas em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). As duas instituições se dedicam ao aprimoramento genético das variedades de amendoim, oferecendo maior resistência às pragas, menor ciclo de produção, maior produtividade e maior teor de óleo.
A ascensão do Brasil ao status de maior exportador de óleo de amendoim é um exemplo claro de como a combinação de aumento da produção, investimentos em tecnologia, políticas de incentivo e uma demanda global crescente pode transformar a posição de um país no comércio internacional. Com a continuidade dessas práticas, espera-se que o Brasil mantenha sua liderança nesse mercado.
Com informações da CRAS AGRO
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