Foi lançado, na manhã desta terça-feira (10), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025 no estado do Ceará, com previsão de R$1,8 bilhão em crédito rural para incentivar a produção sustentável de alimentos. O lançamento foi realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) em Fortaleza, e contou com a presença de mais de mil pessoas, incluindo o governador Elmano de Freitas; o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, Vanderley Ziger; o secretário do Desenvolvimento Agrário do Ceará, Moisés Braz; o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; entre outras autoridades e representantes de movimentos sociais e produtores rurais.
O Plano conta com 10 linhas de crédito e juros reduzidos, oferecendo condições diferenciadas, assistência técnica, seguros e capacitação. Além disso, incentiva a pesquisa, inovação tecnológica e transição agroecológica, promovendo também a inclusão produtiva de mulheres e jovens rurais.
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025 projeta R$ 85,7 bilhões para todo o Brasil, um aumento de 10% em relação à safra anterior. Deste valor, R$ 76 bilhões são direcionados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A expectativa é que o Ceará supere o bom desempenho no Plano 2023/2024, quando registrou um aumento de 40% nos contratos e 85% a mais nos valores contratados. Vanderley Ziger, secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, destacou que investir no agricultor familiar impacta a toda a comunidade e ao estado.
“Só conseguimos chegar nesse lugar porque a estrutura do Estado, a assistência técnica, os agentes financeiros, as organizações da sociedade civil e os movimentos sociais acreditam que é possível fazer juntos e juntas”, afirmou Ziger.
O governador Elmano de Freitas destacou a importância dos investimentos para os trabalhadores rurais que abastecem as famílias.
“Nosso povo tem coragem de trabalhar. Nosso povo sabe criar, sabe plantar e cuidar do roçado. Nosso desafio é auxiliá-los com projetos de qualidade e que eles tenham acesso ao crédito para que desenvolvam seus negócios”, ressaltou.
O incentivo chega a agricultores como Francisco Abel, de 65 anos, que é presidente da Cooperativa Agropecuária de Trairi, no Litoral Oeste cearense, e produz coco, banana, melão, batata doce, hortaliças, entre outros. Ele acessou o crédito rural em anos anteriores e avalia esse impacto na produção e distribuição de alimentos.
“A assistência técnica é muito importante para o homem do campo que não tem muito conhecimento. Temos mais de 1.600 cooperados, e isso vai ajudar muito. A gente espera que dê tudo certo, se Deus nos permitir”, revela Chico Abel.
Na ocasião também foram assinados contratos do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e de financiamento entre produtores e os agentes financeiros Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Fonte: MDA
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