Mais de 80 aquicultores, piscicultores e produtores rurais do Distrito Federal participaram, nesta terça-feira (27), de um curso da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) sobre novas tecnologias e inovações no ramo da produção de pescados. O objetivo do encontro é expandir a prática na capital federal entre iniciantes e ampliar a eficiência e produtividade de quem já atua na área.
O curso Dia do Campo ofereceu aos produtores rurais um circuito em quatro estações. A primeira abordou os benefícios da adoção de fontes renováveis de energia elétrica como alternativa mais eficaz e menos onerosa, especialmente com o uso da energia solar.
Na sequência, os participantes puderam observar de perto a importância do monitoramento da água e, em seguida, aprender sobre a utilização de filtros biológicos. A última etapa da atividade consistiu no detalhamento do manejo de sólidos na água, como restos de ração e dejetos dos peixes, entre outros.
“Essa é uma unidade demonstrativa de observação. Ela é muito importante porque aproxima o produtor das novas tecnologias por meio de uma metodologia de assistência técnica e extensão rural. Aqui, especificamente na aquicultura, temos por objetivo capacitar os produtores para uma produção mais sustentável e eficiente”, explica a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade.
Crescimento
O investimento no aprimoramento das produções não é em vão. Hoje, a capital é o terceiro maior mercado consumidor per capita de peixes do país, tendo batido, em 2023, o recorde de produção, alcançando a marca de 2.039 toneladas de pescados – alta de 25% em relação a 2019.
“A atividade de aquicultura no Distrito Federal vem crescendo nos últimos anos. É uma atividade que tem despertado o interesse de novos produtores. E, no Distrito Federal, sempre falamos que temos um mercado consumidor muito grande; temos o terceiro maior mercado consumidor no Brasil, então há muito a explorar”, destaca o coordenador do programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges.
O crescimento também pode ser observado no número de piscicultores: subiu de 624, há cinco anos, para 919, no ano passado. As maiores produções do alimento ocorrem no Gama, Paranoá e Ceilândia, respectivamente.
Um desses produtores é Guilherme Pereira, 30. Há uma década ele se dedica à atividade. “É muito bom poder compartilhar um pouco e entender sobre as atualizações e novas tecnologias do setor. É sempre bom levar essas novidades para o nosso dia a dia. A evolução precisa ser constante, até porque o mercado e as técnicas de produção sempre mudam e, se ficarmos parados, somos atropelados”, defende. “As margens estão cada vez mais achatadas, então é em ambientes como esse que conseguimos nos aprimorar na produção”.
Além de reunir piscicultores experientes, o encontro também contou com a participação de produtores rurais iniciantes na atividade. Segundo a produtora Mariza Matsui, 65, o conteúdo ensinado ao longo desta manhã será fundamental para seu desenvolvimento no ramo. “Eu tenho três tanques, mas não sei manejar corretamente. Precisamos nos aprimorar nesse quesito e também na questão da alimentação adequada dos peixes. A Emater surge como uma grande parceira nesse aspecto”, comenta.
Fonte: Emater-DF
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